A indústria de Games no Brasil

23/09/2015

A indústria de games (jogos) no Brasil é tecnicamente nova, comparada a outros países. Tem origem na década de 1980 em plena ditadura militar. No começo os desenvolvedores esbarravam em muitos empecilhos que dificultavam o acesso à tecnologia necessária para o desenvolvimento dos jogos, mais ainda assim arranjavam soluções. Muitos desenvolvedores chegaram, inclusive, a criar seus próprios aparelhos. Mas atualmente a história tem sido diferente e a indústria tem mostrado grande potencial, afinal o Brasil é o quarto maior consumidor da indústria de games global, com cerca de 35 milhões de usuários, perdendo para os Estados Unidos (cerca de 145 milhões de jogadores), Rússia (cerca de 38 milhões) e Alemanha (36 milhões).

Essa relevância não está apenas no número de jogadores, mas também na quantidade de pessoas que gastam dinheiro com games – cerca de 17 milhões – provando que a pirataria não abrange totalmente o mercado brasileiro. As plataformas mais utilizadas ainda são os consoles e desktops, com cerca de 26 milhões de usuários, mas a plataforma mobile já possui cerca de 24 milhões de usuários.

Então, por que não produzirmos nossos próprios games? No Brasil já existe, há alguns anos, algumas faculdades que ofertam o curso de graduação tecnológica em Jogos Digitais. Em Belo Horizonte pelo menos três entidades de ensino já oferecem. A popularização da profissão de desenvolvedor de jogos tem tornado a indústria cada vez mais capacitada a produzir grandes títulos. É uma pena que o Brasil cobra cerca de 71% de imposto sobre jogos eletrônicos, considerado o país que cobra maior imposto para esse tipo de mídia.

Um exemplo de um jogo nacional é “Aritana e a Pena da Harpia” , desenvolvido pela Duaik Entretenimento, um estúdio de criação de jogos 100% brasileiro. Desde seu lançamento o jogo Aritana tem tido grande aceitação do público, e já ganhou três prêmios: “Melhor Jogo” no “Voto Popular” no “BIG Festival 2014”, “Melhor Jogo Desktop” e “Melhor Som na SBGames 2014”.

Grupo responsável: Victor Hugo Mattar Xavier, Phillipe Henrique Santos Silva, Andressa Nayane da Silva, Poliana Ramos dos Anjos

REFERÊNCIAS

CATHO. A mão de obra no mercado de games. Disponível em: <http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/noticias/a-mao-de-obra-no-mercado-de-games> Acesso em: 08/11/2015

DONIZETTI. Daniel. Empresas de jogos eletrônicos estão em busca de mão de obra. Meu PS4. Disponível em: <http://www.meups4.com.br/novidades/aumento-de-impostos-provoca-aumento-no-preco-dos-jogos/> Acesso em: 08/11/2015

FERNANDES, Ana Luísa;  BELLINI,Priscila. Chegou a hora da indústria de games no Brasil? Exame.com. 24/06/2015. Disponível em: < http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/chegou-a-hora-da-industria-de-games-no-brasil> Acesso em: 08/11/2015

IBOPE. Game on. Disponível em: < http://www.ibope.com.br/pt-br/conhecimento/artigospapers/Paginas/Game-on.aspx > Acesso em: 08/11/2015

JORNAL DA GLOBO. Empresas de jogos eletrônicos estão em busca de mão de obra. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/10/empresas-de-jogos-eletronicos-estao-em-busca-de-mao-de-obra.html> Acesso em: 08/11/2015

REZENDE, Fernanda. Os desafios e perspectivas da indústria nacional de jogos eletrônicos. Instituto de Estudos Avançados da USP. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/noticias/pesquisa-apresenta-desafios-e-perspectivas-da-industria-de-games-nacional> Acesso em: 08/11/2015>

FONTE DA IMAGEM

Duai. Disponível em: <http://www.duaik.com/wp-content/uploads/2015/06/Ss_Aritana_03_Large.jpg> Acesso em: 08/11/2015